quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Fundação Seade repercute vocação da RMP para economia de baixo carbono

Fundação reproduziu artigo do presidente do Parlamento Metropolitano de Piracicaba, Gilmar Rotta, originalmente publicado no Jornal de Piracicaba

A vocação da Região Metropolitana de Piracicaba (RMP) para a economia de baixo carbono foi destaque em artigo escrito pelo presidente do Parlamento Metropolitano de Piracicaba e da Câmara Municipal de Piracicaba, vereador Gilmar Rotta (Cidadania), recentemente republicado no site da Fundação Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados). 

Originalmente publicado no Jornal de Piracicaba, a reprodução do artigo pela fundação Seade é motivo de grande satisfação para todos os membros do Parlamento: "a fundação Seade é um órgão respeitadíssimo ligado ao estado de São Paulo, e sua importância para São Paulo tem equivalência a do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para o Brasil. Enquanto o IBGE traça previsões e projeções para o país, e as desdobra para os estados, a fundação Seade as traça para o estado de São Paulo e as desdobra para os municípios", diz Ricardo Buso, economista e assessor especial da presidência.

Buso destaca que a economia de baixo carbono, ou seja, aquela "que mantém ou até mesmo aumenta seus níveis de produtividade enquanto, simultaneamente, reduz a exploração de recursos, sobretudo naturais, e diminui a emissão de poluentes", pode ser um vetor determinante para o crescimento da Região Metropolitana de Piracicaba.

A temática da economia de baixo carbono foi trazida pelo presidente Gilmar Rotta, que solicitou à assessoria técnica da presidência estudos para identificação de vocações das cidades que compõem a Região Metropolitana de Piracicaba e que integram o Parlamento. “A RMP possui características que a vocacionam para a enconomia de baixo carbono, como por exemplo a disponibilidade de terras com preços mais acessíveis quando comparados aos praticados por outras regiões, recursos hídricos em abundância, cadeia logística bem estruturada e, sobretudo, proximidade a grandes centros consumidores, como a grande São Paulo”, reforça Gilmar.

Ele aponta que a região está muito mais próxima aos grandes centros consumidores, mas com preços de terras menores, praticamente a metade dos praticados, em média, na Região Metropolitana de Campinas. “Além disso, estamos próximos dos grandes centros, a geração de poluentes no transporte das mercadorias aqui produzidas é também menor, prezando-se pela baixa emissão de carbono em toda a cadeia", explica.   

Apesar de todos estes atrativos, segundo dados da Piesp (Pesquisa de Investimentos Anunciados no Estado de São Paulo), realizada pela Fundação Seade desde 1998 e que mapeia o ânimo do mercado, os anúncios de investimentos na RMP caíram de 2,65% em 2013 para 0,08% em 2020, segundo estudos de Buso. "A metodologia Piesp mapeia os anúncios de investimentos nos 40 principais jornais do estado de São Paulo. São anúncios privados, de quaisquer ramos de atividades econômicas. A pesquisa não contempla, no entanto, a concretização destes investimentos, ou seja, pode haver o anúncio, mas o investimento não se concretizar. A ideia é mapear o ânimo, o ímpeto econômico da região ou de cada município", explica.

Cadeias produtivas de baixo carbono - A proposta, que será protocolada e apresentada em breve para a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Regional, é de que agências públicas de fomento, como por exemplo a DesenvolveSP, subsidiem, por meio de linhas de créditos especiais, pequenos e médios empreendimentos cujas operações sejam de baixa emissão de carbono. "Esse público, principalmente de médios produtores, é quem sai na frente de inovações. É um segmento muito propício para essa inovação que representa o mercado de baixo carbono", complementa Ricardo.

Ele ainda reforça que a RMP, por suas características geográficas - com a maioria de suas cidades relativamente distantes umas das outras, e não contíguas, como as cidades da grande São Paulo - não possui vocação para o consumo de massas, ou seja, para grandes empreendimentos que absorvam grandes populações simultaneamente. Isso, no entanto, segundo o economista, não é nenhum demérito, mas sim uma característica e peculiaridade da região de Piracicaba: "não é de se esperar que a região cresça e se desenvolva com base no consumo de massa, mas isso não é um demérito. É importante ter isso mapeado, caracterizado, para saber que a busca por crescimento está em outras frentes", no caso, a economia de baixo carbono.

"Não buscamos nenhum privilégio para a nossa região, mas queremos conciliar necessidade com aptidão para buscar recuperação de forma sustentável, e isso é algo que favorece não só a RMP, mas o estado de São Paulo como um todo", conclui o presidente Gilmar Rotta.



Texto:  Fabio de Lima Alvarez - MTB 88.212
Supervisão:  Rodrigo Alves - MTB 42.583

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