Fundação reproduziu artigo do presidente do Parlamento Metropolitano de Piracicaba, Gilmar Rotta, originalmente publicado no Jornal de Piracicaba
A vocação da Região Metropolitana de Piracicaba (RMP) para a economia de baixo carbono foi destaque em artigo escrito pelo presidente do Parlamento Metropolitano de Piracicaba e da Câmara Municipal de Piracicaba, vereador Gilmar Rotta (Cidadania), recentemente republicado no site da Fundação Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados).
Originalmente publicado no Jornal de Piracicaba, a reprodução do artigo pela fundação Seade é motivo de grande satisfação para todos os membros do Parlamento: "a fundação Seade é um órgão respeitadíssimo ligado ao estado de São Paulo, e sua importância para São Paulo tem equivalência a do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para o Brasil. Enquanto o IBGE traça previsões e projeções para o país, e as desdobra para os estados, a fundação Seade as traça para o estado de São Paulo e as desdobra para os municípios", diz Ricardo Buso, economista e assessor especial da presidência.
Buso destaca que a economia de baixo carbono, ou seja, aquela "que mantém ou até mesmo aumenta seus níveis de produtividade enquanto, simultaneamente, reduz a exploração de recursos, sobretudo naturais, e diminui a emissão de poluentes", pode ser um vetor determinante para o crescimento da Região Metropolitana de Piracicaba.
A temática da economia de baixo carbono foi trazida pelo presidente Gilmar Rotta, que solicitou à assessoria técnica da presidência estudos para identificação de vocações das cidades que compõem a Região Metropolitana de Piracicaba e que integram o Parlamento. “A RMP possui características que a vocacionam para a enconomia de baixo carbono, como por exemplo a disponibilidade de terras com preços mais acessíveis quando comparados aos praticados por outras regiões, recursos hídricos em abundância, cadeia logística bem estruturada e, sobretudo, proximidade a grandes centros consumidores, como a grande São Paulo”, reforça Gilmar.
Ele aponta que a região está muito mais próxima aos grandes centros consumidores, mas com preços de terras menores, praticamente a metade dos praticados, em média, na Região Metropolitana de Campinas. “Além disso, estamos próximos dos grandes centros, a geração de poluentes no transporte das mercadorias aqui produzidas é também menor, prezando-se pela baixa emissão de carbono em toda a cadeia", explica.
Apesar de todos estes atrativos, segundo dados da Piesp (Pesquisa de Investimentos Anunciados no Estado de São Paulo), realizada pela Fundação Seade desde 1998 e que mapeia o ânimo do mercado, os anúncios de investimentos na RMP caíram de 2,65% em 2013 para 0,08% em 2020, segundo estudos de Buso. "A metodologia Piesp mapeia os anúncios de investimentos nos 40 principais jornais do estado de São Paulo. São anúncios privados, de quaisquer ramos de atividades econômicas. A pesquisa não contempla, no entanto, a concretização destes investimentos, ou seja, pode haver o anúncio, mas o investimento não se concretizar. A ideia é mapear o ânimo, o ímpeto econômico da região ou de cada município", explica.
Cadeias produtivas de baixo carbono - A proposta, que será protocolada e apresentada em breve para a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Regional, é de que agências públicas de fomento, como por exemplo a DesenvolveSP, subsidiem, por meio de linhas de créditos especiais, pequenos e médios empreendimentos cujas operações sejam de baixa emissão de carbono. "Esse público, principalmente de médios produtores, é quem sai na frente de inovações. É um segmento muito propício para essa inovação que representa o mercado de baixo carbono", complementa Ricardo.
Ele ainda reforça que a RMP, por suas características geográficas - com a maioria de suas cidades relativamente distantes umas das outras, e não contíguas, como as cidades da grande São Paulo - não possui vocação para o consumo de massas, ou seja, para grandes empreendimentos que absorvam grandes populações simultaneamente. Isso, no entanto, segundo o economista, não é nenhum demérito, mas sim uma característica e peculiaridade da região de Piracicaba: "não é de se esperar que a região cresça e se desenvolva com base no consumo de massa, mas isso não é um demérito. É importante ter isso mapeado, caracterizado, para saber que a busca por crescimento está em outras frentes", no caso, a economia de baixo carbono.
"Não buscamos nenhum privilégio para a nossa região, mas queremos conciliar necessidade com aptidão para buscar recuperação de forma sustentável, e isso é algo que favorece não só a RMP, mas o estado de São Paulo como um todo", conclui o presidente Gilmar Rotta.
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