terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Parlamento aponta necessidade de dados mais concretos sobre emprego

Preocupação faz parte da proposta de fomento a negócios de baixo carbono como forma de impulsionar a economia local e regional pós-pandemia.


Buscar estimular em Piracicaba e nas outras 23 cidades que integram a Região Metropolitana negócios de baixo carbono como forma de impulsionar a economia, principalmente após os efeitos da pandemia, tem sido a meta que o presidente do Parlamento Metropolitano de Piracicaba e da Câmara tem colocado entre as ações para 2022.

Gilmar Rotta reuniu-se nesta terça-feira (25) com o economista da assessoria especial da Presidência, Ricardo Buso, e com a professora Cristiane Feltre, doutora em economia, a fim de dar início a um projeto que buscará, em curto, médio e longo prazos, alternativas para o desenvolvimento local e regional, com foco na compreensão do movimento do emprego e desemprego.

Cristiane, que já coordenou um observatório de políticas públicas na PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Campinas colocou-se à disposição para construir o plano com os parlamentos, a fim de impulsionar os projetos regionais.

Para Gilmar Rotta, o objetivo do Parlamento e da Câmara é desenvolver formas de contribuir para que o governo estadual encampe a ideia de que Piracicaba seja um polo para o fomento da economia de baixo carbono. "Com isso, estaremos também estimulando o enfrentamento de problemas que já estão nítidos, como a redução do número de vagas de emprego e da renda das pessoas das nossas cidades", disse Gilmar Rotta.

Segundo Ricardo Buso, os dados do Caged, que é o cadastro geral de empregados e desempregados do governo federal, não são mais tão precisos para balizar políticas públicas de geração de emprego. "Eles tratam apenas do cenário formal, que está em queda de representatividade, sofreram alterações metodológicas e são suscetíveis a grandes retificações de registros do passado a qualquer momento", aponta.

Ainda em 2021, Gilmar Rotta apresentou requerimento à Prefeitura em que questionou os dados do emprego e do desemprego cujas respostas foram baseadas no Caged. "Vale lembrar, ainda, que há mais de dez anos não temos um Censo, o que interfere nos resultados", explicou.

Com essa análise, Gilmar Rotta aponta a importância de ter com clareza dados mais aproximados da realidade que possam orientar as políticas públicas, os programas e os projetos que busquem lidar com o problema. "Com a representatividade da Câmara e do Parlamento, poderemos estimular uma ampla discussão com a sociedade, governos e poderes constituídos, como forma de criar, por exemplo, um banco de dados mais realista", disse.

Ainda neste semestre, Gilmar Rotta deve apresentar a proposta de um evento com a participação de entidades como Acipi, Simespi, Conespi e associações representativas das forças econômicas locais. "Vamos buscar um projeto-piloto que possa, em seguida, ser levado para as demais cidades da Região Metropolitana por meio das Câmaras e dos mais de 120 vereadores regionais", finalizou.



Texto:  Assessoria parlamentar
Supervisão:  Rodrigo Alves - MTB 42.583

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Em entrevista, presidente Gilmar Rotta destaca ações do Parlamento Metropolitano

 

As vantagens de Piracicaba ser a cidade-sede da recém-instituída região metropolitana, bem como a atuação dos vereadores das 24 cidades que compõem o PMP (Parlamento Metropolitano de Piracicaba), estarão em pauta no programa Thathi Cidade deste sábado (22), às 13h30, na TV Thathi Campinas, afiliada a RecordTV. Os assuntos são abordados na entrevista concedida pelo presidente da Câmara e do Parlamento Metropolitano de Piracicaba, Gilmar Rotta (Cidadania), ao apresentador Orlando Pesoti.

Para Gilmar, a união dos municípios deu ainda maior poder de negociação para as demandas regionais, diante de uma população superior a um milhão de habitantes, com um PIB estimado em R$ 72 bilhões. Como fruto dessa articulação, ele traz como exemplo a ampliação da capacidade do Hospital Regional Dra. Zilda Arns para 100%, a partir de compromisso anunciado pelo governo estadual em outubro e previsto para 2022.

Entre as propostas do PMP está a de potencializar investimentos ligados à economia de baixo carbono como alternativa para incremento de negócios aos 24 municípios.

Na conversa, Gilmar Rotta destaca ainda como o Legislativo Piracicabano adequou suas atividades no período da pandemia, os projetos de relevância que tramitaram na Casa, as ações desenvolvidas por meio do programa Parlamento Aberto e os trabalhos da atual Mesa Diretora.

A Thathi TV pode ser sintonizada em Piracicaba no canal 14 da Claro/Net ou 6.1 na TV Aberta Digital.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

Parlamento Metropolitano propõe estímulo à economia de baixo carbono

Estudo elaborado pelo Parlamento Metropolitano de Piracicaba, com a vocação regional, foi entregue por Gilmar Rotta à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Regional.


Gilmar Rotta entregou o estudo do Parlamento Metropolitano à secretária estadual em exercício 
Juliana Ogawa e ao prefeito Luciano Almeida, presidente do Conselho da RMP


O presidente da Câmara e também do Parlamento Metropolitano de Piracicaba, Gilmar Rotta (Cidadania), defendeu o potencial das 24 cidades que compõem o conglomerado regional de capitalizar investimentos ligados à economia de baixo carbono. O vereador falou sobre o tema a autoridades estaduais e locais, em audiência pública promovida pelo governo paulista na tarde desta quinta-feira (13).

O evento, realizado no auditório da Secretaria Municipal de Educação, no bairro dos Alemães, avaliou propostas para a elaboração do Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI) da Região Metropolitana de Piracicaba. O tema ainda será discutido em outros encontros até dar origem a uma minuta que resultará em projeto de lei a ser apresentado à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

Instrumento de planejamento e gestão metropolitana e regional criado em 2015 pelo Estatuto da Metrópole (lei federal 13.089), o PDUI reúne as principais necessidades e objetivos de uma região, abrangendo áreas como meio ambiente, transporte, desenvolvimento econômico e atendimento social. Pela sua abrangência, o plano "acaba sendo superior às próprias organizações municipais individuais", explicou Juliana Ogawa, chefe de gabinete da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Regional.

Respondendo momentaneamente pela pasta no lugar do titular, Marco Vinholi, Juliana veio a Piracicaba para a audiência pública, classificada por ela como oportunidade "muito importante de participação". "Daqui, o plano vai ser votado pelos conselhos das regiões e, a partir disso, sai uma proposta que é encaminhada ao governo do Estado, que redige um projeto de lei e o envia à Assembleia", ressaltou.

A secretária em exercício observou que o PDUI pressupõe uma gestão compartilhada. "Os problemas ultrapassam a esfera dos municípios e não podem ser tratados de outra maneira que não de forma coletiva e solidária", disse. A audiência pública, completou, "é o momento que os municípios têm, com a participação da sociedade civil, do Ministério Público e das demais organizações, para expor as necessidades da região a fim de que sejam transformadas num plano de desenvolvimento comum, com metas exequíveis".

Juliana e o prefeito Luciano Almeida (DEM) receberam, das mãos de Gilmar Rotta, o estudo elaborado pelo Parlamento Metropolitano de Piracicaba para transformar a região no "Polo Paulista de Fomento à Economia de Baixo Carbono", a partir do aproveitamento de cinco "aptidões características": disponibilidade de terras, proximidade de grandes centros consumidores, oferta de recursos hídricos, excelência acadêmica e experiência em biotecnologia.

"Reconhecemos na Região Metropolitana de Piracicaba um importante conjunto de características capaz de colocá-la em vantagem competitiva como área de maior retorno no Estado de São Paulo aos investimentos aplicados na chamada 'economia de baixo carbono', conjunto de atividades que exploram a produtividade a partir de soluções de menor impacto ambiental", diz o estudo entregue por Gilmar Rotta.

Durante a audiência pública, o vereador e presidente do Parlamento Metropolitano defendeu o modelo como forma de reverter o baixo nível de investimentos verificado na região nos últimos anos. "O conjunto dos municípios da Região Metropolitana de Piracicaba vem perdendo participação no total de investimentos privados recebidos no Estado de São Paulo. Uma participação que, em 2013, era de 2,65% de todo o investimento anunciado no Estado e que caiu para 0,08% em 2020. Isso é muito preocupante e nós temos, sim, como Região Metropolitana, que reverter esses índices."

Gilmar Rotta destacou que a economia de baixo carbono "concilia desenvolvimento econômico com modos de produção que racionalizam o consumo de matérias-primas, bem como a redução de resíduos e emissões". "Não pretendemos nenhum privilégio. Buscamos demonstrar tecnicamente por que nossa região pode potencializar os compromissos de desenvolvimento econômico com preservação ambiental", enfatizou, acrescentando que o Parlamento Metropolitano já está mapeando as vocações produtivas de seus municípios membros.

Além de Piracicaba —cujo prefeito preside o Conselho da RMP—, o evento desta quinta-feira acolheu demandas trazidas por Elias Fausto, Rafard, Saltinho —as três cidades foram representadas por seus prefeitos—, Rio das Pedras, Capivari e Mombuca. Os outros municípios da Região Metropolitana também estão fazendo discussões setorizadas organizadas pelo governo paulista —a próxima audiência pública acontece na semana que vem, em Rio Claro.

O vereador Pedro Kawai (PSDB) e as vereadoras Rai de Almeida (PT) e Silvia Morales (PV), do mandato coletivo A Cidade É Sua, acompanharam a audiência pública. Também estiveram presentes secretários municipais, o deputado estadual Roberto Morais (Cidadania), o ex-prefeito Barjas Negri e o promotor de Justiça Ivan Carneiro Castanheiro, do Grupo de Atuação Especial de Meio Ambiente do Ministério Público-SP.


Texto:  Ricardo Vasques - MTB 49.918
Supervisão:  Rodrigo Alves - MTB 42.583