Preocupação faz parte da proposta de fomento a negócios de baixo carbono como forma de impulsionar a economia local e regional pós-pandemia.
Buscar estimular em Piracicaba e nas outras 23 cidades que integram a Região Metropolitana negócios de baixo carbono como forma de impulsionar a economia, principalmente após os efeitos da pandemia, tem sido a meta que o presidente do Parlamento Metropolitano de Piracicaba e da Câmara tem colocado entre as ações para 2022.
Gilmar Rotta reuniu-se nesta terça-feira (25) com o economista da assessoria especial da Presidência, Ricardo Buso, e com a professora Cristiane Feltre, doutora em economia, a fim de dar início a um projeto que buscará, em curto, médio e longo prazos, alternativas para o desenvolvimento local e regional, com foco na compreensão do movimento do emprego e desemprego.
Cristiane, que já coordenou um observatório de políticas públicas na PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Campinas colocou-se à disposição para construir o plano com os parlamentos, a fim de impulsionar os projetos regionais.
Para Gilmar Rotta, o objetivo do Parlamento e da Câmara é desenvolver formas de contribuir para que o governo estadual encampe a ideia de que Piracicaba seja um polo para o fomento da economia de baixo carbono. "Com isso, estaremos também estimulando o enfrentamento de problemas que já estão nítidos, como a redução do número de vagas de emprego e da renda das pessoas das nossas cidades", disse Gilmar Rotta.
Segundo Ricardo Buso, os dados do Caged, que é o cadastro geral de empregados e desempregados do governo federal, não são mais tão precisos para balizar políticas públicas de geração de emprego. "Eles tratam apenas do cenário formal, que está em queda de representatividade, sofreram alterações metodológicas e são suscetíveis a grandes retificações de registros do passado a qualquer momento", aponta.
Ainda em 2021, Gilmar Rotta apresentou requerimento à Prefeitura em que questionou os dados do emprego e do desemprego cujas respostas foram baseadas no Caged. "Vale lembrar, ainda, que há mais de dez anos não temos um Censo, o que interfere nos resultados", explicou.
Com essa análise, Gilmar Rotta aponta a importância de ter com clareza dados mais aproximados da realidade que possam orientar as políticas públicas, os programas e os projetos que busquem lidar com o problema. "Com a representatividade da Câmara e do Parlamento, poderemos estimular uma ampla discussão com a sociedade, governos e poderes constituídos, como forma de criar, por exemplo, um banco de dados mais realista", disse.
Ainda neste semestre, Gilmar Rotta deve apresentar a proposta de um evento com a participação de entidades como Acipi, Simespi, Conespi e associações representativas das forças econômicas locais. "Vamos buscar um projeto-piloto que possa, em seguida, ser levado para as demais cidades da Região Metropolitana por meio das Câmaras e dos mais de 120 vereadores regionais", finalizou.
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